quinta-feira, 1 de maio de 2014

Waidmanns Heil II

-De onde você saiu,Maphor?
-Você não gostará de saber...
- Creio que você está me enrolando com suas artimanhas. Presto atenção,e no entanto não diz nada.
-Bom,primeiramente,necessito entrar no seu carro para que consiga relatar tudo...Tenho lordose e ficar encurvado aqui,está começando a...
-Tá,entendi. Entra logo!

Laradhya liberou o acesso a porta do carro,para Maphor,que prosseguiu a falar assim que adentrou ao mesmo.
Explicou toda a história desde a criação desta criatura que ambos caçavam,até a relação contratual que ela estava mantendo...Sendo a mesma uma farsa,envolvendo alguns líderes corruptos da Igreja.
A verdade é apenas uma: Ninguém queria esse peso nas costas,e no final,era Laradhya que levaria a culpa.
Sumiriam com ela,assim como sumiam com os vestígios das caçadas,e deixariam uma pensão gorda para sua família. Assim,quem iria reclamar sua ausência?
Os dois começaram a planejar então,um ato contra a matança desta criatura...para negociarem com ele,e inverterem os papéis. O interessante era,desta vez,deixar o dia ser da caça.
Estacionaram o carro,em um determinado ponto,próximo a uma cabana. Teriam de seguir a pé,pela mata.
Estavam acostumados a situações como esta.
O trajeto era repleto de insetos,e algumas carcaças...Larvas também rastejavam entre as vísceras dos poucos animais ou humanos,que ali estavam,mortos.
Encontraram a criatura se alimentando,de um urso. É...O dia realmente era da caça.
Assim que chegaram em leves passos pelas folhas no chão,a criatura já sabia de vossas presenças.
Com agilidade,ele desceu da árvore onde estava com o que restava do urso em suas mãos,e posicionou-se na frente dos dois,que se assustaram apontando suas armas para a criatura...

-Ora,ora,ora...Vejam só se não são dois oportunistas frequentando minha floresta.
O que desejam por aqui? Estão com fome?

Laradhya prontamente respondeu:
-Nós estamos aqui para propôr algo a você.

Maphor manteve-se calado.

A criatura,sadicamente,disse:
-Eu tenho uma educação refinada,e pretendo me apresentar. Meu nome é Zephyrot. Tenho milhares de anos,sou imortal,e obviamente,não deveria estar aqui. Uma fenda entre meu "Universo" e o de vocês,foi aberta. Sendo assim,fui libertado sem ao menos pedir por isso.
Sou a mistura de 3 raças...e a única coisa que possuo de uma delas,são as orelhas. Ficam lindas em mim,não acham?

Laradhya: -Incrível como tanta brutalidade,que vimos até chegar aqui,se move rapidamente e você transparece uma fada,dentro de si.

Zephyrot: -Já que são mal humorados...Vou tratá-los de mesma forma. Quero algo de um de vocês.

Maphor: - Nós precisamos de algo seu,na verdade.

Zephyrot: - Não negocio com comida.

Laradhya:- Não somos sua comida...Mas adoraria ter você,assando em uma fogueira.

Zephyrot:- Antes que você tentasse,já estaria sendo mastigada crua,enquanto viva...

Maphor:- Gostaria de pedir que vocês pudessem ficar um tempo em silêncio para que eu diplomaticamente falasse o que acontece aqui.

Zephyrot: - Ok grandão...Pronuncie-se.

Maphor então contou a Zephyrot tudo que era planejado para ser feito contra o mesmo. Deixando-o com a boca salivando de ódio.
Laradhya não tirava as mãos de sua besta composta. Gostaria muito de executar a sentença,mas Maphor tinha seu plano e ela deixava-o seguir em frente.
Zephyrot aceitou o plano de exterminar os bons cristãos que estavam por trás da contratação de Maphor e Laradhya.

Caminhavam rumo ao destino,e...

-Ferdinand...Ferdinand...
Ouviu-se um sussurro na mata. Os 3 procuravam a mesma coisa,mas não encontravam!
-Acorde sua irmã,Ferdinand...
Continuavam procurando...
-Ande,Ferdinand!

Olá filha...Estamos aqui faz algumas horas...Tentamos acordá-la mais cedo,em vão. Seu sono profundo nos impediu.

-Quem são vocês? Onde está Maphor? E Zephyrot? Ainda quero matá-lo.

A mãe olhou para o médico,que esperava-a com uma seringa.

Fabyanna,inconformada,olhava desolada para todos na sala...Começava a reconhecê-los,mas a sessão ainda não tinha acabado. Por que estavam lá?

Fabyanna,disse o médico...Você teve uma alucinação. Nada disso é real e procuramos tratá-la para que entenda a diferença entre o mundo real e...

Zephyrot,é você!!! É VOCÊ!!!! SEU MALDITO! Gritava enquanto amarravam-na a cama. O médico aplicou o conteúdo da seringa em seu braço esquerdo...

Caminhavam rumo ao destino,e...







Waidmanns Heil I



Senti-a se imperial,ao longo de seus olhares de caçadora.
Ao decair do dia,cada segundo era um êxtase. Uma chance de fazer diferente,cada ataque. Ela vivia dessa maneira de forma milenar...Atraente como o drink mais caro de uma casa conceituada,e intransponível como um baluarte. Levá-la para cama não era tarefa fácil. Muitos homens tentavam,mas ela mantinha seu foco em espécimes específicas. A noite é boa morada para tudo que há de profano ditado pelo conceito comum. Ela usava desses prazeres as vezes...Abusava de alguns. Mas sempre se mantinha distante,como uma francesa entediada. O que ela desejava de verdade,não estava palpável.
Seus maiores clientes variavam desde as forças militares,intitutos espaciais,biólogos,médicos,governantes e bons cristãos.
 Muito trabalho a fazer,prazos teoricamente inatingíveis,e pessoas perigosas pra negociar. 
Negociar? O preço estava tabelado e o prazo estabelecido,pronto...Era isto.
Laradhya caminhava lentamente pelos campos da Casa Vermelha. Um dos locais mais belos para se observar. Chegava até a porta, observada pelos guardas armados daquela suposta fortaleza.
Sorria,descompromissada...Gostaria de uma taça de vinho do porto,naquele instante. Alguns daqueles militares eram interessantes pra brincar. 
Subindo a escada encontrou nas mãos de um mascarado,como sempre acontecia,a missão e a sentença.
Raros eram os que voltavam para relatar qualquer experiência,qualquer razão.

Pegou o envelope dourado,sorriu ironicamente acenando com a cabeça,em pedido de licença.
Abriu-o em seu Porsche...Os pagamentos de clientes de alto padrão,a possibilitavam uma vida moderna bem gasta. O nome da criatura era Velory,residia no cemitério local,era o que eles chamavam de híbrido.
3 raças da fantasia misturadas, 1 vampiro, 1 changelling, 1 lobisomen. E nesta esfera...Essas raças eram muito além do que reais.
Depois de mortas,eram noticiadas como explosões isoladas,lixos tóxicos,erros em laboratórios. Isso quando eram noticiadas. O conveniente de deixar sem provas,apenas a da sentença,era o ideal.
Começou a se preparar,com armamento pesado,e feitiços nas mangas.
Uma mão surgiu do vidro do carro...

Ela apontou sua besta composta e deu de cara com um homem,queixo quadrado,desenho de mandibula triangular,cabelos castanhos, olhos profundos de mesma cor dos cabelos,pele pálida,como a dela,expressividade perturbada e sombria...
Depois do estranhamento,e todos detalhes de suas respectivas indumentárias serem eliminados como perigo,ele conseguiu se apresentar a ela.
Seu nome soava como música,mas o que exatamente ele queria?

-Laradhya,sou o Maphor. Vim para ajudá-la
-Eu não desejo ajuda.
-Acredite...você vai precisar.

Laradhya logo sentiu a estranheza...mas teve de deixa-lo se explicar. Achava que era um teste,mas era impossível tal feito...

(continua)