quinta-feira, 1 de maio de 2014

Waidmanns Heil I



Senti-a se imperial,ao longo de seus olhares de caçadora.
Ao decair do dia,cada segundo era um êxtase. Uma chance de fazer diferente,cada ataque. Ela vivia dessa maneira de forma milenar...Atraente como o drink mais caro de uma casa conceituada,e intransponível como um baluarte. Levá-la para cama não era tarefa fácil. Muitos homens tentavam,mas ela mantinha seu foco em espécimes específicas. A noite é boa morada para tudo que há de profano ditado pelo conceito comum. Ela usava desses prazeres as vezes...Abusava de alguns. Mas sempre se mantinha distante,como uma francesa entediada. O que ela desejava de verdade,não estava palpável.
Seus maiores clientes variavam desde as forças militares,intitutos espaciais,biólogos,médicos,governantes e bons cristãos.
 Muito trabalho a fazer,prazos teoricamente inatingíveis,e pessoas perigosas pra negociar. 
Negociar? O preço estava tabelado e o prazo estabelecido,pronto...Era isto.
Laradhya caminhava lentamente pelos campos da Casa Vermelha. Um dos locais mais belos para se observar. Chegava até a porta, observada pelos guardas armados daquela suposta fortaleza.
Sorria,descompromissada...Gostaria de uma taça de vinho do porto,naquele instante. Alguns daqueles militares eram interessantes pra brincar. 
Subindo a escada encontrou nas mãos de um mascarado,como sempre acontecia,a missão e a sentença.
Raros eram os que voltavam para relatar qualquer experiência,qualquer razão.

Pegou o envelope dourado,sorriu ironicamente acenando com a cabeça,em pedido de licença.
Abriu-o em seu Porsche...Os pagamentos de clientes de alto padrão,a possibilitavam uma vida moderna bem gasta. O nome da criatura era Velory,residia no cemitério local,era o que eles chamavam de híbrido.
3 raças da fantasia misturadas, 1 vampiro, 1 changelling, 1 lobisomen. E nesta esfera...Essas raças eram muito além do que reais.
Depois de mortas,eram noticiadas como explosões isoladas,lixos tóxicos,erros em laboratórios. Isso quando eram noticiadas. O conveniente de deixar sem provas,apenas a da sentença,era o ideal.
Começou a se preparar,com armamento pesado,e feitiços nas mangas.
Uma mão surgiu do vidro do carro...

Ela apontou sua besta composta e deu de cara com um homem,queixo quadrado,desenho de mandibula triangular,cabelos castanhos, olhos profundos de mesma cor dos cabelos,pele pálida,como a dela,expressividade perturbada e sombria...
Depois do estranhamento,e todos detalhes de suas respectivas indumentárias serem eliminados como perigo,ele conseguiu se apresentar a ela.
Seu nome soava como música,mas o que exatamente ele queria?

-Laradhya,sou o Maphor. Vim para ajudá-la
-Eu não desejo ajuda.
-Acredite...você vai precisar.

Laradhya logo sentiu a estranheza...mas teve de deixa-lo se explicar. Achava que era um teste,mas era impossível tal feito...

(continua)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê-me tempo e serei clara, dado o tempo você entenderá...